Escassez de combustível, alta do dólar e crise econômica impactam diretamente cerca de 15 mil brasileiros no país

A Bolívia enfrenta uma crise econômica que tem gerado impacto direto na vida da população e dos estrangeiros residentes, incluindo aproximadamente 15 mil estudantes brasileiros. A falta de combustíveis, a volatilidade cambial e a dificuldade de acesso a itens essenciais, como o gás de cozinha, tornaram o dia a dia ainda mais desafiador.
Falta de combustível e crise cambial
Nos últimos dias, o país tem registrado longas filas nos postos de gasolina e diesel, com motoristas esperando horas ou até dias para abastecer. O problema se agravou quando a estatal YPFB admitiu a falta de recursos para importar combustível suficiente para atender à demanda. O presidente Luis Arce adotou medidas emergenciais, como aulas virtuais e a redução de horários comerciais, mas a situação segue crítica.

Outro reflexo da crise foi a oscilação abrupta do dólar no mercado paralelo. A moeda chegou a ser cotada a 13 bolivianos antes de recuar para 9, um reflexo do esgotamento das reservas internacionais do país, que caíram de US$ 15 bilhões em 2015 para cerca de US$ 1,9 bilhão atualmente.
Brasileiros sentem os efeitos da crise
Para os estudantes brasileiros que vivem na Bolívia, principalmente em Santa Cruz de la Sierra, a crise já impacta a rotina. Além da dificuldade de locomoção devido à falta de combustíveis, muitos enfrentam problemas para comprar gás de cozinha.
Normalmente, o custo médio de um botijão de gás é de 22 pesos bolivianos, e com 5 bolivianos de transporte público para ida e volta, o valor total ficaria em torno de 27 bolivianos. No entanto, com a escassez, muitos pontos de venda deixaram de fornecer o produto, forçando os moradores a recorrerem a táxis para percorrer a cidade em busca de gás. Esse trâmite elevou o custo para até 100 bolivianos, tornando a situação ainda mais difícil para os estudantes e suas famílias.
A estudante de medicina Claudenir Rodrigues de Melo relata como a crise tem afetado diretamente sua rotina:
“A situação aqui está muito crítica. A falta de combustível tem causado filas enormes nos postos, e muitas pessoas chegam a dormir dentro dos carros para conseguir abastecer. O câmbio até melhorou, mas o custo de vida disparou. Ou seja, de nada adianta o dólar baixar se tudo ficou mais caro. Além disso, a possibilidade de aulas online preocupa muito. Nós, futuros médicos, como vamos aprender dessa forma? Fica aqui um alerta para as autoridades, porque está cada vez mais difícil viver aqui.”
Câmbio favorável, mas custo de vida alto
Apesar da crise, o real ganhou força frente ao boliviano, e algumas casas de câmbio chegaram a registrar a cotação de 2 bolivianos por 1 real, algo incomum nos últimos anos. No entanto, o benefício do câmbio favorável é anulado pelo aumento generalizado dos preços. “De que adianta um câmbio melhor se o custo de vida sobe junto?”, questionam os brasileiros que vivem no país.
A comunidade brasileira na Bolívia segue atenta aos desdobramentos da crise, buscando alternativas para minimizar os impactos no dia a dia. O momento exige planejamento e cautela, principalmente para aqueles que dependem de recursos externos para manter seus estudos e moradia no país.
Tudo é culpa do governo Luiz Arce não sabe administrar o país Tudo o gabinete e coructos y ladrões
Boa tarde, matéria muito boa e focando a dificuldade vivida por este país vizinho. Como pequeno tem sentido mais rápido a crise e o efeito de uma implantação de um comunismo.
Mais gostaria de resalta que a falta do dólar gera muitos fatores ex: falta de combustível, matériais en geral etc . Mais tbm valorizo a moeda brasileira no país fazendo um câmbio clandestino onde o real suba para 2,05 por bolivianos xq se fosse depender do governo brasileiro não seria possível manter uma vida no país vizinho xq o câmbio ofícial es de 1,23 por boliviano tornaria a vida dos brasileiros quase impossível.
Temos que tirar de exemplo para que nosso país não vire uma Venezuela .