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No Dia do Bibliotecário, conheça a história de Adair, a guardiã dos livros em Camapuã

“Eu amava aquele serviço, parecia que a biblioteca era minha”

A querida Adair, bibliotecária que marcou uma geração. Imagem/Arquivo pessoal

 

Em uma época sem internet, quando os trabalhos escolares eram feitos à mão e as pesquisas dependiam das páginas de uma enciclopédia, a Biblioteca Municipal de Camapuã era um verdadeiro refúgio para os estudantes. E quem cuidava desse espaço com carinho e dedicação era Adair Parreira da Silva.

Trabalhando por mais de 20 anos na biblioteca, Adair se tornou parte da história educacional do município. “Eu tinha ciúme dos livros, sabia onde cada um estava. Se alguém chegava e pedia um título, eu já ia direto na prateleira pegar”, relembra.

Sem computadores, a pesquisa acontecia nas páginas da Barça, uma das enciclopédias mais famosas da época. “Ainda bem que chegou a coleção nova, porque era ali que a gente achava tudo”, conta.

 

Adair na época que trabalhava na biblioteca. Imagem/Arquivo pessoal

 

O trabalho na biblioteca era mais do que uma profissão para Adair. Para ela, aquele espaço era um tesouro. “Eu amava aquilo, adorava atender as crianças. E era tanta gente que passava por ali todos os dias! Às vezes, ficava sozinha para dar conta de tudo, mas fazia com gosto.”

Hoje, aos 76 anos, Adair carrega o orgulho de ter contribuído com a educação de tantas gerações. “A biblioteca foi muito importante pra mim. Parecia que era minha, mas a gente nunca tem nada da gente, né?”

 

Um novo tempo, um novo papel

A biblioteca ainda existe e segue de portas abertas para os alunos, professores e a população em geral. A atual bibliotecária, Iolete Rocha, destaca que o espaço, localizado na Rua Pedro Celestino, ao lado do Banco do Brasil, conta com um acervo de mais de mil exemplares e um computador disponível para pesquisas.

Atua bibloteca de Camapuã. Imagem/Divulgação

Mas os tempos mudaram. Se antes os estudantes lotavam o local em busca de informações, hoje a internet transformou a forma de aprender. “A biblioteca se tornou menos frequentada porque os alunos fazem pesquisas em casa, pelo celular ou computador. Mas o espaço continua aqui, disponível para quem deseja uma boa leitura ou até mesmo uma boa conversa.”

Mesmo com as mudanças tecnológicas, a biblioteca mantém sua importância. Afinal, mais do que um lugar de pesquisa, ela sempre foi um refúgio de conhecimento e acolhimento – um espaço que, no passado, foi marcado pela dedicação de Adair e que, no presente, segue cumprindo seu papel na formação cultural da comunidade.

Iolete e professora Selma. Imagem/Arquivo pessoal

No Dia do Bibliotecário, celebrado em 12 de março, a história de Adair nos lembra do valor desses profissionais que, com amor e dedicação, ajudam a espalhar conhecimento.

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