Primeiro voo com deportados dos EUA após posse de Trump pousa em Manaus e enfrenta cancelamento de conexão para Belo Horizonte
Na noite desta sexta-feira (24), o aeroporto de Manaus recebeu o primeiro voo com deportados dos Estados Unidos desde a posse de Donald Trump como presidente. A aeronave, que transportava 158 passageiros, tinha Belo Horizonte como destino final, mas precisou ser submetida a manutenção, o que resultou no cancelamento do trecho para Minas Gerais.
De acordo com informações apuradas pelo g1 junto ao Itamaraty, 88 dos passageiros a bordo são brasileiros. A Polícia Federal (PF), no entanto, não divulgou a nacionalidade oficial de todos os ocupantes.
O voo pousou em Manaus por volta das 18h, onde faria uma conexão, mas não conseguiu decolar novamente devido à necessidade de reparos. Segundo a assessoria do aeroporto da capital amazonense, os passageiros permaneceram em uma área isolada, sendo monitorados por um delegado da Polícia Federal.
Imagens obtidas pela Rede Amazônica mostram equipes de resgate, além de policiais militares e federais, atuando na pista do aeroporto durante o trabalho de manutenção da aeronave.
De acordo com relatos, os passageiros reclamaram do calor no interior do avião. Em resposta, a tripulação acionou a rampa inflável de emergência para o desembarque. Entretanto, o equipamento também precisou de reparos, prolongando o tempo de espera.
Entre quinta-feira (23) e sexta-feira (24), a Casa Branca informou que 538 imigrantes ilegais, de diversas nacionalidades, foram presos desde que Trump assumiu o cargo. Segundo comunicado da porta-voz Karoline Leavitt, entre os detidos estão um suspeito de terrorismo, quatro membros da gangue Tren de Aragua e outros condenados por crimes sexuais contra menores.
Os passageiros deportados relataram experiências traumáticas durante o processo de imigração. Um brasileiro descreveu o tratamento como sendo “de cachorro amarrado na corrente”.
Esse é o primeiro voo deportados com destino ao Brasil desde a posse do novo presidente, mas há a possibilidade de que alguns deles tenham sido detidos ainda na gestão Biden, que chegou ao fim na última segunda-feira (20).
Fonte: G1