Com orientações do Dr. Fernando Ribeiro, médico e diretor clínico do Hospital de Camapuã
A leishmaniose é uma doença infecciosa grave, transmitida pela picada do mosquito-palha, que pode atingir tanto a pele quanto órgãos internos, e até levar à morte se não for tratada a tempo. Em Camapuã e diversas cidades do interior do Mato Grosso do Sul, onde há presença rural e matas próximas, o risco de contaminação existe — e a prevenção começa com informação.
Nesta edição do quadro Navega Saúde, o Dr. Fernando Ribeiro, médico e diretor clínico do Hospital de Camapuã, alerta sobre os perigos da doença e orienta a população sobre como se proteger.
“É uma doença traiçoeira. Às vezes a pessoa acha que é só uma feridinha na pele, mas pode evoluir para algo muito mais grave. O diagnóstico precoce faz toda a diferença”, afirma o médico.
📌 O que é a leishmaniose?
A leishmaniose é causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitidos por meio da picada do mosquito-palha (ou flebotomíneo). Esses insetos se desenvolvem em locais úmidos, sombreados e com matéria orgânica em decomposição, como folhas, lixo ou fezes de animais.
A doença pode se apresentar em três formas principais:
- Cutânea: provoca feridas na pele, com bordas elevadas e que não cicatrizam facilmente;
- Mucocutânea: afeta as mucosas do nariz, garganta e boca, podendo causar deformidades;
- Visceral: a forma mais grave, atinge órgãos como fígado, baço e medula óssea. Se não tratada, pode levar ao óbito.
🚨 Quais os sintomas mais comuns?
Os sinais variam conforme o tipo da leishmaniose, mas os mais frequentes são:
• Feridas na pele que demoram a cicatrizar;
• Febre persistente, sem causa aparente;
• Emagrecimento rápido e fraqueza;
• Sangramento nasal e rouquidão;
• Aumento do baço e do fígado (na forma visceral).
🧪 Como é feito o diagnóstico?
Segundo o Dr. Fernando, o diagnóstico é feito por meio de:
• Avaliação clínica dos sintomas;
• Exames de sangue para detectar o parasita ou os anticorpos;
• Biópsia da lesão, no caso de feridas na pele.
“Quanto antes o diagnóstico for feito, melhor o resultado do tratamento. Não ignore feridas estranhas ou febres que não passam”, reforça o médico.
💊 Qual o tratamento?
O tratamento varia conforme o tipo e a gravidade da doença. São usados medicamentos específicos que eliminam o parasita. Todo o acompanhamento deve ser feito por profissionais da saúde.
“Mesmo que os sintomas desapareçam, é essencial seguir o tratamento até o fim, senão o parasita pode voltar ainda mais resistente”, orienta o Dr. Fernando.
✅ Como prevenir a leishmaniose?
A prevenção exige cuidados simples no dia a dia:
• Use repelente e roupas compridas ao amanhecer e entardecer;
• Instale telas em janelas e portas para evitar a entrada de mosquitos;
• Evite acúmulo de lixo e restos orgânicos em quintais e terrenos;
• Proteja os cães, que são os principais hospedeiros do parasita, com coleiras repelentes e acompanhamento veterinário;
• Mantenha os animais em locais limpos e protegidos, principalmente à noite.
🐶 Cães também precisam de atenção
Os cães podem ser infectados sem apresentar sintomas. Por isso, se houver suspeita ou casos na vizinhança, é importante fazer exames preventivos.
“Muita gente não sabe, mas proteger seu cachorro também é proteger sua família. O mosquito pica o cão doente e depois transmite para o ser humano”, alerta Dr. Fernando.
📣 Fique atento e compartilhe
A leishmaniose é uma doença que pode ser evitada com atitudes simples, mas exige atenção constante. Camapuã e municípios vizinhos precisam estar em alerta, principalmente em épocas mais quentes e chuvosas, quando o mosquito se prolifera com mais facilidade.
Caso surjam sintomas suspeitos, procure imediatamente o posto de saúde ou o Hospital de Camapuã. Diagnóstico precoce salva vidas.
📍 Essa é a primeira edição do quadro “Navega Saúde”, uma série de conteúdos especiais do portal NavegaMS, com o objetivo de levar informação, prevenção e qualidade de vida à população de Camapuã e região.
Fique ligado nas próximas edições!