Vítima de 21 anos chegou a ser socorrida e estava sendo transferida para Campo Grande quando morreu ainda na saída do Hospital de Camapuã

O jovem de 21 anos que capotou uma caminhonete VW Amarok na tarde desta segunda-feira (7), no trecho conhecido como “Curva da Morte”, entre os municípios de Camapuã e Paraíso das Águas, não resistiu aos ferimentos e morreu no momento em que estava sendo transferido para a Santa Casa de Campo Grande.
Segundo informações do diretor clínico do Hospital de Camapuã, Dr. Fernando Ribeiro, o rapaz sofreu um traumatismo cranioencefálico (TCE) gravíssimo e contusão pulmonar. Ele foi intubado, recebeu os primeiros atendimentos e, já estabilizado, estava sendo encaminhado para transferência. No entanto, teve uma parada e faleceu praticamente no momento da saída do hospital, a caminho da capital.
O acidente aconteceu no início da tarde, em um ponto crítico da rodovia, já conhecido pela frequência de acidentes graves e fatais. A vítima estava sozinha no veículo no momento do capotamento. Ela foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Camapuã, com apoio de profissionais da unidade de saúde do distrito de Bela Alvorada, pertencente a Paraíso das Águas.
O trecho onde ocorreu o acidente está situado a cerca de 65 quilômetros de Paraíso das Águas, sentido Camapuã, e é popularmente conhecido como “Curva da Morte”. A curva acentuada, a ausência de sinalização adequada e a falta de melhorias estruturais são fatores frequentemente apontados como causas dos acidentes, gerando preocupação entre motoristas que passam pela região.
Nos últimos meses, diversos acidentes ocorreram no mesmo ponto. Em uma das ocorrências recentes, duas pessoas conhecidas de Camapuã morreram após capotarem nas proximidades. Com mais essa morte, aumentam as cobranças da população e dos motoristas por providências urgentes por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela manutenção da rodovia.
Nenhuma morte no trânsito é aceitável. Nenhum desastre no trânsito é acidente, mas é um sinistro ( temível, riscos anunciados e desastrosos, que ocorrem na sequência de uma cadeia agourenta de eventos: vias inseguras, velocidade alta, falta de noção de risco, falha de engenharia de trânsito, geometria negativa da viatura , são terríveis falhas sucessivas que tiraram vidas humanas em ocorrências totalmente evitáveis.