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DeepSeek: quem é o ‘nerd’ fundador da startup chinesa que desafia os gigantes do Vale do Silício

Prodígio da tecnologia e das finanças, Liang Wengfeng criou o chatbot chinês que desafiou a liderança dos EUA em IA generativa; até então, ele era uma figura pouco conhecida no cenário global

 

Liang Wengfeng é o fundador da startup DeepSeek, startup chinesa que colocou em xeque a liderança das gigantes de tecnologia do Vale do Silício, nos EUA, nos últimos dias. Ele é um entusiasta da tecnologia que acredita que a inteligência artificial “pode mudar o mundo”.

O DeepSeek-R1, chatbot (robô conversador) da empresa, chamou atenção ao ultrapassar o rival americano ChatGPT entre os apps mais baixados na loja de da Apple dos EUA e pelos seus baixos custos de desenvolvimento, o que causou trilhões de dólares em perdas em ações de big techs na bolsa de Nova York.

Liang Wenfeng, fundador do DeepSeek, em uma reunião com o primeiro ministro chinês — Foto: Reuters/CCTV

Prodígio do ‘Vale do Silício chinês’

A startup DeepSeek, criadora do chatbot, foi criada pelo prodígio da tecnologia e das finanças Liang Wengfeng. Embora pareça ter surgido do nada, a startup está sediada em Hangzhou, uma metrópole no leste da China onde se encontram vários dos gigantes da tecnologia do país, o que lhe rendeu o apelido de “Vale do Silício chinês”.

Pouco conhecido no exterior, o DeepSeek já era de grande interesse na China há muito tempo.

Nascido em 1985, Liang se formou em engenharia na prestigiosa Universidade de Zhejiang, em Hangzhou, onde diz ter se convencido de que a IA “mudaria o mundo”.

Ele passou anos tentando aplicar a IA em vários campos, de acordo com uma entrevista que deu no ano passado ao site chinês Waves.Por volta de 2015, ele fundou a High-Flyer, uma empresa de investimentos especializada no uso de IA para analisar as tendências do mercado de ações.

Sua técnica permitiu que ela atingisse dezenas de milhares de yuans (moeda chinesa) de ativos sob gestão, tornando-a um dos principais fundos de cobertura quantitativos da China.

“Nós simplesmente fazemos as coisas em nosso próprio ritmo, calculamos os custos e os preços. Nosso princípio não é subsidiar [o mercado] ou gerar lucros enormes”, explicou Liang.

Fonte: France Presse

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