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Criada em Campo Grande, canoista disputa Mundial pela Alemanha

Márcia Verruck será uma das 6 titulares na canoa alemã com estreia dia 16 de agosto, às 7h40, em Niterói (RJ)

Márcia Verruck, no mar de Santa Catarina, é uma das seis atletas titulares na equipe do treinador Volker Briel, da Alemanha (Foto: Arquivo pessoal)

A seleção feminina da Alemanha, na categoria 50+, terá um reforço “sul-mato-grossense” no Campeonato Mundial de Canoa Polinésia (24 km sem revezamento), que será disputado no período de 13 a 21 de agosto na Praia de São Francisco, em Niterói, no Rio de Janeiro. É Márcia Verruck, nascida em Três Passos, no Rio Grande do Sul, criada em Campo Grande e há 19 anos morando em Florianópolis.

É a primeira vez que o Brasil recebe o Mundial de Va’a de longa distância, a mais importante competição de canoa havaiana, e deve reunir mais de 1.000 atletas de 30 países. É uma modalidade de esporte coletivo praticado em canoas projetadas para seis remadores. “Exige muita técnica e força para não perder o controle da canoa. Na escolha do melhor percurso é preciso estudar a carta náutica da região e verificar se tem alguma correnteza que possa ajudar a navegação”, explicou Márcia Verruck.

De origem alemã, ela foi a sexta atleta convocada pelo treinador alemão de canoagem, Volker Briel. Para o time feminino, que tem sua estreia marcada para o dia 16 de agosto, às 7h40, foram chamadas seis atletas titulares, quatro das cidades alemãs de Schriesheim, Frankfurt e Prezlau, duas do Brasil (Márcia Verruck e Juliane Holzhousen), e uma sétima atleta para a condição de reserva, que será Birgit Plank, da cidade de Mülheim. Já o time masculino terá seis atletas, todos vindos da Alemanha para o Mundial.

Feliz com a convocação para representar a Alemanha, Márcia encara o Mundial como um grande desafio até pela logística da preparação para a competição. “Ainda não nos encontramos, somente falamos virtualmente, combinamos treinos, mostramos os resultados da semana, estabelecemos novas metas e trocamos ideias sobre o melhor treino para nossa situação. Estou treinando individualmente em Florianópolis, só vou treinar com o time mesmo lá em Niterói, três dias antes do início do Mundial”, disse Márcia Verruck.

Será uma corrida contra o tempo quando todas as convocadas estiverem reunidas em Niterói. Serão apenas três dias para a preparação coletiva e escolha do melhor plano de navegação. O regulamento do Mundial propõe duas rotas às equipes, o Plano A ou Plano B, com definição na hora da prova, pois a decisão sobre a rota depende do vento. “Sempre saímos contra o vento e voltamos a favor do vento, mas espero não muito vento, águas mornas e calor”, disse Márcia, com a experiencia de quem já rema há 8 anos no mar catarinense e há 5 anos faz parte de um grupo de instrutores e guias do Centro de Atividades Náuticas de Florianópolis.

Respeito ao próximo e à natureza – A canoagem havaiana, também chamada de canoa polinésia ou “Va’a”, é um esporte pouco difundido no Brasil, e que deve ganhar maior projeção a partir do Campeonato Mundial em Niterói. A competição é vista como uma celebração do esporte de origem na cultura polinésia e legado importante para o desenvolvimento da modalidade no nosso país.

Não por acaso o Mundial 2025 será disputado em Niterói. Atualmente a cidade tem mais de 40 clubes de Va’a e aproximadamente três mil remadores.  “Seria bacana enfatizar que existe uma cultura muito forte por trás desse esporte. Muitas pessoas praticam pelo tipo de filosofia de respeito ao ser humano e à natureza, além do benefício físico e mental”, afirmou Márcia Verruck.

Fonte: CampoGrande News

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