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Safra de soja no Mato Grosso do Sul deve alcançar 14 milhões de toneladas, aponta Aprosoja

O Brasil segue como uma potência agrícola, e a soja continua sendo o principal motor do setor.

Imagem/TVE

Por Kelly Ventorim

 

Em Mato Grosso do Sul, as projeções para a nova safra são promissoras, com a colheita estimada em quase 14 milhões de toneladas, um aumento significativo em relação ao ciclo anterior. Os números foram apresentados pelo presidente da Aprosoja-MS, Jorge Michelc, em entrevista à TV Educativa, no programa Agroeducativa, e reforçados no Boletim Semanal Casa Rural – Agricultura, publicado pela entidade no fim de fevereiro.

Expansão da área cultivada e aumento da produção

Durante a entrevista, Michelc detalhou que a área plantada com soja no estado deve alcançar 2,1 milhões de hectares, mantendo a média dos últimos cinco anos. Com isso, a produção esperada é de 13,9 milhões de toneladas, um crescimento de 20,6% em relação à última safra.

A produtividade média projetada é de 51,7 sacas por hectare. No entanto, Michelc alertou que a área cultivada pode ser um pouco menor do que a estimada, o que poderia impactar o volume final colhido.

Milho e a crescente produção de etanol

Além da soja, a cultura do milho também tem projeções otimistas para 2025. Segundo Michelc, a estimativa é de 10,8 milhões de toneladas colhidas, com uma produtividade de 80,8 sacas por hectare, um crescimento de 20,8% em comparação ao ciclo anterior.

Grande parte dessa produção será destinada à fabricação de etanol. Mato Grosso do Sul se consolidou como o segundo maior produtor nacional do biocombustível, com uma capacidade instalada de processamento de 4,2 milhões de toneladas de milho. Em 2024, 50% dos 8,4 milhões de toneladas colhidas foram destinadas à produção de etanol e DDG, um subproduto utilizado na alimentação animal.

Infraestrutura e desafios logísticos

Apesar das boas expectativas para a safra, a capacidade de armazenagem ainda é um desafio para os produtores do estado. O Boletim Semanal Casa Rural – Agricultura apontou um déficit de 11,2 milhões de toneladas na capacidade de armazenamento. Michelc acredita que esse problema poderia ser resolvido com incentivos governamentais para a instalação de novas unidades armazenadoras, melhorando a infraestrutura logística do estado.

Outro ponto abordado na entrevista foi o custo do frete, que continua sendo um dos principais obstáculos para a rentabilidade dos agricultores. O transporte encarece tanto a aquisição de insumos, dificultando a produção, quanto a comercialização da safra, reduzindo a margem de lucro dos produtores.

Impactos econômicos e geração de empregos

A expansão da safra de soja e milho em Mato Grosso do Sul não apenas fortalece o setor agrícola, mas também impacta diretamente a economia do estado. O crescimento da produção gera mais empregos no campo e nas indústrias relacionadas, como as de insumos, transporte e armazenagem.

O aumento na demanda por mão de obra qualificada e equipamentos agrícolas impulsiona investimentos na modernização do setor, tornando a produção mais eficiente e competitiva. Além disso, com o avanço da produção de etanol, novas oportunidades surgem para produtores e investidores interessados no segmento de biocombustíveis.

Condições climáticas e desafios ambientais

A influência do clima é um fator crucial para garantir a produtividade esperada. Especialistas alertam que eventuais períodos de seca ou excesso de chuvas podem afetar a safra, tornando essencial o acompanhamento climático e o investimento em técnicas de manejo mais eficientes.

Além disso, práticas sustentáveis vêm ganhando espaço entre os produtores, com o uso de tecnologias de conservação do solo e otimização do uso de defensivos agrícolas, garantindo maior produtividade sem comprometer o meio ambiente.

Perspectivas para o futuro

Apesar dos desafios, Michelc mantém um olhar otimista para o futuro do agronegócio no estado. Ele destaca que, com investimentos em armazenagem e infraestrutura, o Mato Grosso do Sul poderá expandir ainda mais sua produção e fortalecer sua posição como um dos principais polos agrícolas do Brasil.

A demanda crescente por etanol, aliada ao aumento da produção de soja e milho, reforça o papel estratégico do estado na economia nacional e internacional. A expectativa é de que os desafios logísticos sejam superados, garantindo maior competitividade para os produtores sul-mato-grossenses.

Com a safra recorde prevista e a modernização do setor agrícola, Mato Grosso do Sul se consolida como um exemplo de crescimento sustentável e inovação no agronegócio brasileiro.

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