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Dia Internacional da Mulher: Reflexão sobre os desafios e a violência persistente contra as Mulheres no Brasil

No dia 8 de março, o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, uma data que deveria ser marcada por conquistas e avanços. No entanto, no Brasil, a realidade ainda é alarmante, especialmente quando analisamos os números de feminicídios e a sobrecarga enfrentada pelas mulheres.

Feminicídios no Brasil: Uma Epidemia Silenciosa

Feminicídios no Brasil:Uma Epidemia Silenciosa.

 

Em 2024, o Brasil registrou 1.459 casos de feminicídio, o maior número dos últimos cinco anos. Isso representa uma média de quatro mulheres assassinadas por dia simplesmente por serem mulheres. Apesar de algumas estatísticas apontarem uma leve redução nos casos, os números absolutos ainda são alarmantes e indicam a necessidade de ações mais efetivas.

Mato Grosso do Sul: Um Estado em Alerta

Mato Grosso do Sul destaca-se negativamente no cenário nacional. Em 2024, o estado registrou a segunda maior taxa de feminicídios do país, com 35 vítimas e uma taxa de 1,27 por 100 mil habitantes. Somente em fevereiro de 2025, cinco mulheres foram vítimas desse crime no estado, evidenciando a urgência de medidas preventivas e de proteção às mulheres.

Violência e Eventos Esportivos: Uma Correlação Preocupante

Estudos apontam um aumento significativo nos casos de violência doméstica em dias de jogos de futebol, especialmente quando o time do agressor perde. Essa correlação sugere que fatores culturais e emocionais associados ao esporte podem exacerbar comportamentos violentos, afetando diretamente a segurança das mulheres em seus lares.

Sobrecarga Feminina: As Múltiplas Jornadas das Mulheres Brasileiras

Além da violência, as mulheres enfrentam uma sobrecarga significativa em suas rotinas. Cerca de 45% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres, muitas vezes responsáveis sozinhas pela criação dos filhos e pelo sustento do lar. Essa dupla jornada é agravada pela falta de políticas públicas de apoio, como creches e programas de suporte às mães solteiras.

Pressões Estéticas e Saúde Mental

A sociedade impõe padrões estéticos rígidos às mulheres, exigindo que estejam sempre magras, bonitas e bem-apresentadas. Essas pressões contribuem para o aumento de distúrbios alimentares, baixa autoestima e outros problemas de saúde mental. A busca incessante por um corpo “perfeito” torna-se mais uma responsabilidade na já sobrecarregada lista de exigências impostas às mulheres.

Reflexão e Ação: O Caminho para a Mudança

Neste Dia Internacional da Mulher, é essencial refletirmos sobre os desafios que ainda persistem. A violência de gênero, a sobrecarga doméstica e profissional, as pressões estéticas e a falta de apoio institucional são questões que demandam atenção e ação imediata.

É fundamental promover debates que questionem:

Como a sociedade pode contribuir para a redução dos casos de feminicídio e violência doméstica?

Quais políticas públicas são necessárias para apoiar as mulheres chefes de família?

De que maneira podemos desconstruir os padrões estéticos impostos e valorizar a diversidade corporal?

Somente através de uma reflexão coletiva e de ações concretas poderemos construir uma sociedade mais justa e igualitária para todas as mulheres.

Por: Kelly Ventorim, jornalista, marqueteira e palestrante.

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