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Bolivianos votam neste domingo em meio à crise e expectativa por mudanças

Eleitores escolhem neste domingo novo presidente que comandará a Bolívia pelos próximos cinco anos

Imagem/Diário Corumbaense

Mais de 7,5 milhões de bolivianos maiores de 18 anos estão habilitados a votar, neste domingo (17), para eleger o novo presidente da República, que comandará o país pelos próximos cinco anos. No exterior, 369.308 cidadãos também podem participar do pleito, mas apenas para escolher presidente e vice.

Em Corumbá, cidade que faz fronteira com Puerto Quijarro e Puerto Suárez, o movimento de eleitores começou cedo. Às 08h, a votação, por meio de cédulas impressas, começou no Consulado Boliviano, localizado na rua Sete de Setembro, quase esquina com a avenida General Rondon. Este é o único ponto de votação habilitado em Mato Grosso do Sul.

Os 289 eleitores aptos a votar na cidade pantaneira têm até 16h para comparecer ao Consulado. No exterior, o voto é apenas para presidente e vice, sem escolha de senadores e deputados.
Fronteira fechada

A linha internacional entre Corumbá e as cidades bolivianas foi fechada à meia-noite deste domingo e deve ser reaberta a partir das 21h, mas . Do lado boliviano, o tráfego de veículos foi suspenso, com exceção dos autorizados pelo governo para atuar diretamente nas eleições. A circulação será retomada após o fim da votação.

Aproximadamente 45 mil eleitores de Puerto Suárez e Puerto Quijarro estão aptos a escolher além do presidente e vice, 130 deputados e 36 senadores.
Desde a última quinta-feira (14), o país vive o chamado “silêncio eleitoral”, que proíbe reuniões em massa e a venda de bebidas alcoólicas. Mais de 100 policiais reforçam a segurança na área de fronteira com o Brasil.

Voz da população

Morador de Puerto Quijarro, o estudante de Medicina Eder Bruno Candia Garcia, de 25 anos, afirmou que vê as eleições como “uma última chance para corrigir o rumo” da Bolívia. Ele citou a crise do gás, a escassez de combustíveis e o aumento dos preços como problemas que exigem soluções imediatas.

“Não se trata apenas de trocar de presidente, mas de escolher alguém que venha com planos concretos para reanimar a economia e restaurar a confiança de que é possível viver melhor sem pensar em sair do país”, destacou.

“Aqui temos problemas de comércio informal, falta de investimento em infraestrutura, insegurança e um descaso que se faz sentir mais do que em outras áreas. A fronteira pode ser uma grande vantagem para o país, mas parece que ninguém lhe dá a importância que merece. Espero que o novo governo entenda que fortalecer as regiões fronteiriças também fortalece toda a Bolívia”, completou o estudante.

Também residente em Puerto Quijarro, Richard Antonio Dorado Chávez, de 39 anos, reforçou que o novo governo precisa olhar para as fronteiras e manter diálogo com o Brasil. “Esta é uma das principais regiões econômicas do país, de onde saem exportações e importações. É preciso fortalecer esse potencial”, afirmou.

Já Fernanda Aguilera Oyola, de 19 anos, ressaltou a crise de abastecimento e a escassez de dólares no país. Segundo ela, muitos bolivianos chegam a esperar até cinco dias em filas para comprar combustível e gás. “Queremos ações reais para resolver esses problemas. Nossa região é estratégica e merece mais atenção”, defendeu.

O pleito

Oito organizações políticas disputam as eleições. A Constituição boliviana prevê segundo turno caso nenhum candidato alcance mais de 50% dos votos válidos ou pelo menos 40% com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado.

Votos nulos e em branco não são contabilizados como válidos, servindo apenas para fins estatísticos. O voto é obrigatório e, após depositar a cédula, o eleitor recebe um certificado que deve ser apresentado em instituições públicas nos 90 dias seguintes.

Se houver segundo turno, ele será realizado em 19 de outubro. A posse do novo presidente e demais autoridades está marcada para 08 de novembro.

Fonte: Diário Corumbaense

 

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