Meteorologista Natalio Abraão revelou com exclusividade que as luzes vistas no céu são fragmentos de equipamentos espaciais da empresa de Elon Musk
Camapuã foi surpreendida na noite de sexta-feira (20) por um espetáculo inesperado no céu. Três bolas de fogo atravessaram a cidade, deixando moradores encantados e, em alguns casos, assustados com o fenômeno luminoso. O que poderia parecer algo sobrenatural ou até um meteoro, na verdade, tem uma explicação científica. O Navega MS conversou com exclusividade com o meteorologista Natalio Abraão, renomado especialista em Mato Grosso do Sul, que esclareceu o que de fato aconteceu.
A moradora Ivanir Oliveira relatou o que presenciou:
“Eu nunca tinha visto isso. Fiquei encantada. Essas três bolas de fogo atravessaram todo o céu da cidade. Eu realmente fiquei emocionada com esse fenômeno que cruzou o céu da nossa Camapuã.”
As imagens também foram registradas por moradores de cidades vizinhas como Água Clara e até mesmo da capital, Campo Grande, onde também foi possível observar o fenômeno por alguns minutos.
Segundo Natalio Abraão, trata-se da entrada na atmosfera de resíduos espaciais, provavelmente pertencentes à empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk. Os dados foram confirmados em colaboração com a Universidade de Seattle, nos Estados Unidos.
“O que vimos foram fragmentos de equipamentos espaciais que deixaram de operar. Ao perderem altitude, eles entram na atmosfera terrestre e se fragmentam em inúmeros pedaços. Isso acontece a velocidades altíssimas, entre 4.000 e 4.500 km/h. Por isso, em poucos minutos, esses fragmentos cruzam várias cidades”, explicou Natalio.
Segundo o meteorologista, esses fragmentos se incendeiam ao entrarem na atmosfera devido ao calor extremo gerado pelo atrito, formando as chamadas bolas de fogo que causaram tanto espanto.
“É um fenômeno raro, mas que pode ocorrer. Esses equipamentos têm vida útil limitada. Quando não são mais usados, deixam de ser controlados e começam a perder altitude. Ao atingir cerca de 300 a 400 km da superfície terrestre, eles entram em processo de aceleração e se desintegram.”
Natalio ainda alertou que outros fragmentos semelhantes podem ser vistos nos próximos quatro dias, já que há dezenas de equipamentos da mesma empresa orbitando a Terra e entrando nesse processo de reentrada.
Apesar da aparência impactante, o fenômeno não representa risco significativo, já que os pedaços que chegam à superfície são extremamente pequenos.
O Navega MS segue acompanhando e, se novos avistamentos forem registrados na região norte de Mato Grosso do Sul, trará atualizações em tempo real. Enquanto isso, moradores continuam atentos ao céu — e quem sabe não terão mais um espetáculo para registrar.