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Após feminicídio brutal, Riedel se diz angustiado e cobra reação imediata contra a violência: “Temos que mudar”

Governador se reúne com autoridades e anuncia medidas para reforçar proteção às mulheres em MS

Governado em reunião. Imagem/Divulgação
Por Kelly Ventorim 

A morte brutal de Vanessa Ricarte, assassinada a poucos dias pelo ex-companheiro, gerou revolta e um forte clamor por justiça em Mato Grosso do Sul. Diante da comoção, o governador Eduardo Riedel convocou, neste domingo (11), uma reunião emergencial com representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público e secretarias do Executivo para discutir mudanças urgentes no enfrentamento à violência contra mulheres.

Logo após o encontro, extremamente preocupado, Riedel fez um pronunciamento em suas redes sociais, onde expressou sua angústia e frustração diante da repetição de crimes que poderiam ser evitados.

“A cada duas horas, uma mulher pede proteção, mas mesmo assim seguimos vendo tragédias como essa acontecerem. Isso me angustia e angustia toda a sociedade. Se o modelo atual não gera os resultados esperados, temos que mudar”, afirmou o governador.

O caso de Vanessa é mais um capítulo de um problema que só cresce. Mato Grosso do Sul tem uma das maiores taxas de feminicídio do Brasil, e os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que 70% das vítimas assassinadas já haviam denunciado seus agressores antes do crime.

Casas da Mulher Brasileira serão ampliadas para reforçar atendimento

Como parte das medidas emergenciais, Riedel anunciou a expansão da rede de acolhimento às vítimas. Atualmente, o estado conta com uma unidade da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande, mas três novas unidades serão construídas em Ponta Porã, Dourados e Corumbá.

Criado para oferecer suporte jurídico, psicológico e social, o equipamento já registrou mais de 80 mil atendimentos desde sua inauguração. A descentralização do serviço busca garantir mais segurança para mulheres ameaçadas em todo o estado.

O governador também destacou a necessidade de endurecer as medidas contra os agressores, incluindo monitoramento eletrônico obrigatório para homens com medidas protetivas expedidas.

Falhas no sistema e pressão por mudanças concretas

Apesar dos mecanismos de proteção existentes, a impunidade ainda predomina e a fiscalização das medidas protetivas falha. O Ministério Público aponta que apenas 10% dos agressores com restrições judiciais são efetivamente monitorados, o que deixa muitas vítimas expostas.

Riedel reconheceu a ineficácia do modelo atual e a necessidade de mudanças urgentes

“Se o que estamos fazendo não tem impedido tragédias como a de Vanessa, então precisamos mudar. E rápido. Não podemos mais aceitar que mulheres percam suas vidas depois de pedirem ajuda”, declarou.

O governo prometeu apresentar um plano de ação robusto nos próximos dias, com mudanças nos fluxos de atendimento, maior rigor na punição de agressores e ampliação dos serviços de acolhimento.

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