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Lula ataca Ibama e pressiona por exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Presidente chama de “lenga-lenga” a demora do instituto em conceder licença de prospecção na Foz do Amazonas, no litoral do Amapá. Pressão dele sobre o órgão aumentou após a eleição do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, que cobra do petista a autorização

Lula ataca Ibama. Imagem/Evaristo Sa / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou a pressão sobre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para aprovar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, no Amapá. Em entrevista a uma rádio local, Lula classificou como “lenga-lenga” a demora na liberação da licença e afirmou que o Ibama parece atuar contra o governo. A declaração gerou reação no órgão ambiental, que vê interferência política no processo de licenciamento.

A Casa Civil deve intermediar um encontro entre Ibama e Petrobras para tentar destravar a autorização. Lula argumenta que a estatal tem experiência em exploração de águas profundas e que a pesquisa precisa ser feita para confirmar a existência de petróleo. No entanto, o Ibama alega que a Petrobras ainda não cumpriu exigências ambientais, como medidas para evitar desastres ecológicos.

A pressão pela aprovação cresceu após a eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência do Senado. A bancada do Amapá defende a exploração, estimando um aumento de R$ 10,7 bilhões no PIB estadual. Nos bastidores, há avaliação de que liberar a licença agora poderia mitigar críticas antes da COP 30, que ocorrerá em novembro, no Pará.

Servidores do Ibama e especialistas consideram inadmissível a interferência política no processo e alertam para riscos ambientais. A Ascema, associação que representa os funcionários do órgão, criticou a desqualificação dos servidores e apontou o sucateamento do Ibama como um dos fatores que atrasam licenciamentos. Além disso, técnicos questionam a justificativa de que a atividade seria apenas uma pesquisa, alertando para os riscos de acidentes ambientais, como o desastre no Golfo do México em 2010.

 

Fonte: Correio Braziliense

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