Grupo protestava há mais de quatro horas pela morte de bebê de 1 ano e 9 meses; ato foi encerrado após cobertura da imprensa local

Na tarde desta sexta-feira (11), o site Navega MS esteve presente na Rua Tocantins, no bairro Vila Industrial, em Camapuã (MS), onde manifestantes se reuniram em frente a uma residência, que segundo eles poderia ser onde estaria a mãe da bebê de 1 ano e 9 meses, vítima de um crime brutal ocorrido no último dia 9 de julho.
A criança teria sido abusada sexualmente e morta pelo próprio pai, de 28 anos, que confessou o crime e foi preso em flagrante. O caso chocou a população e gerou forte comoção nas redes sociais e nas ruas da cidade.
O protesto começou no início da tarde e se estendeu por mais de quatro horas. Em sua maioria, o grupo era formado por mulheres, que empunhavam cartazes, gritavam palavras de ordem e exigiam justiça para a menina. A manifestação se concentrou em frente à casa onde, segundo os manifestantes, poderia estar a mãe da criança — informação não confirmada oficialmente.
Com os ânimos exaltados, a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança dos moradores e a integridade de todos os envolvidos. O comandante da PM em Camapuã, Tenente Faria, conversou com a equipe do NavegaMS e alertou sobre a importância de não se fazer justiça com as próprias mãos.
“Nossa missão era evitar que algo pior acontecesse. Com a chegada da imprensa, as manifestantes se sentiram ouvidas e aceitaram encerrar o ato. Importante lembrar que fazer justiça com as próprias mãos também é crime”, explicou o tenente.
A equipe do NavegaMS teve um papel decisivo no desenrolar da manifestação. Ao ouvir e registrar as falas das manifestantes, o site garantiu visibilidade ao protesto e à dor da comunidade. Após a gravação da entrevista com a equipe de reportagem, as manifestantes decidiram encerrar o ato pacificamente, confiando que suas vozes seriam levadas adiante.
“A gente vai parar, porque agora todo mundo ficou sabendo. A imprensa veio aqui, deu voz pra nós, e agora esperamos por justiça”, declarou Kely Cristina, uma das organizadoras da manifestação.
O protesto foi encerrado logo após essa cobertura, reforçando o papel essencial da imprensa local em momentos delicados e de forte comoção social.
O caso segue sob investigação pela Polícia Civil, que já instaurou inquérito para apurar todas as circunstâncias da morte da criança. A mãe, que inicialmente disse desconhecer os abusos, também está sendo investigada por possível omissão. Até o momento, as investigações estão em fase inicial e não há elementos que comprovem a participação da mãe no crime.
O NavegaMS segue acompanhando os desdobramentos do caso e reafirma seu compromisso com o jornalismo local, informativo e comprometido com a verdade.