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Irmão de bebê morta após estupro em Camapuã é acolhido e está sob medida protetiva

Justiça determina afastamento do menino de 2 anos do convívio familiar; criança está em acolhimento provisório e recebe acompanhamento psicológico

Bebê vítima de abuso em cidade de MS. ( Fotos Direto das Ruas)

A morte brutal de uma bebê de 1 ano e 9 meses, vítima de estupro cometido pelo próprio pai em Camapuã (MS), gerou desdobramentos dolorosos também para o irmão da criança, um menino de dois anos. A Justiça determinou o afastamento imediato do menino do convívio familiar, impondo medidas protetivas contra os pais.

Desde o dia 9 de julho, data da morte da bebê, a criança está sob acolhimento provisório por meio do Programa Família Acolhedora de Camapuã, segundo confirmou o Conselho Tutelar do município. O local onde o menino está acolhido não foi divulgado por questões de segurança e pela sensibilidade da situação, que segue sob investigação da Polícia Civil.

Além do acolhimento, a 2ª Vara da Comarca de Camapuã determinou que o menino passe a receber acompanhamento psicológico contínuo, por meio da rede pública de saúde, visando minimizar os impactos emocionais provocados pela perda da irmã e o ambiente familiar violento.

Família já era acompanhada

A família das crianças já vinha sendo acompanhada pela Assistência Social de Camapuã desde janeiro de 2024, conforme informou a prefeitura do município. Contudo, um alerta formal de negligência em relação à bebê foi registrado apenas dois dias antes da morte, o que, segundo a administração municipal, impossibilitou uma ação preventiva a tempo.

Antes de retornar a Camapuã, a mãe das crianças residia no município de Jardim (MS), onde também havia registros preocupantes. O Conselho Tutelar de Jardim apurou relatos de parentes sobre o estado emocional do menino, que apresentava tristeza ao voltar para a casa da mãe e teria, em certa ocasião, lesões corporais supostamente causadas pelo pai. Esses elementos já estão sob apuração da polícia.

O delegado responsável pelo caso, Matheus Vital, confirmou que tanto os relatos de maus-tratos anteriores quanto a situação atual do menino estão incluídos no inquérito policial, que corre em sigilo judicial.

Entenda o caso

A bebê vítima do crime havia recebido alta médica em 8 de julho, após passar dias internada no Hospital Universitário de Campo Grande, onde tratou uma infecção na traqueostomia (com presença de larvas e piolhos) e pneumonia. Ela havia reagido bem ao tratamento e foi liberada para voltar para casa.

Naquela mesma noite, a mãe da criança retornou para Camapuã e passou a noite com o pai da menina, que abusou sexualmente da filha durante a madrugada.

No dia seguinte, de acordo com o depoimento da mãe à polícia, a bebê ainda brincou normalmente pela manhã, mas depois começou a passar mal. Ela foi levada às pressas para uma unidade de saúde de Camapuã, onde já chegou sem sinais vitais.

Durante o atendimento, a equipe médica identificou indícios de abuso sexual recente e acionou imediatamente as autoridades. O pai foi preso em flagrante no mesmo dia. Em depoimento, confessou o estupro e declarou que “não conseguiu conter os impulsos sexuais”. Ele segue preso preventivamente e o caso segue em investigação.

Fonte: Campo Grande News

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