A menina foi brutalmente assassinada por Marcos Willian Teixeira Timóteo

Em meio às denúncias que estão cadastradas no 1º Conselho Tutelar da região Sul, consta que a residência onde a menina Emanuelly Victória Souza Moura, de 6 anos, morava seria um ambiente de uso e venda de entorpecentes, no bairro Taquarussu, em Campo Grande. A menina teve a vida ceifada por Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, que a sequestrou, estuprou e a matou estrangulada na manhã da última quarta-feira (27).
Conforme o documento ao qual o Jornal Midiamax teve acesso, no dia 13 de maio deste ano, o conselho tutelar recebeu uma denúncia através do Disque 100, na qual consta que o local onde a menina vivia era ponto para venda de drogas. Na época, a polícia chegou a ser acionada para ir até a residência.
“Acrescenta que os suspeitos são usuários de drogas e vendem também“, diz trecho da denúncia.
Braço quebrado
O último atendimento do Conselho à família foi em maio, quando uma das agressões resultou em um braço quebrado de Emanuelly. A menina não era alimentada adequadamente, segundo consta no documento.
Devido às agressões sofridas, Emanuelly também deixava de frequentar a escola. Quando recebeu atendimento, o padrasto afirmou que as denúncias eram por desentendimentos familiares e que a renda da família é limitada ao Bolsa Família.
Na época, foi relatado que, mesmo com dificuldades, o básico para as crianças estava sendo garantido. Equipes do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) Guanandi acompanhavam a família, mas, na época do atendimento, não foram identificados indícios de violação de direitos das crianças nem de violência sexual, apenas situação de vulnerabilidade social.
MPMS abre investigação
O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou um procedimento para apurar a atuação do Conselho Tutelar Sul, após a morte da menina, Emanuelly Victória Souza Moura.
O procedimento é para verificar se houve omissão no cumprimento das atribuições legais do órgão, como também averiguar se essa omissão teria relação com o desfecho da morte da criança.
No entanto, o procedimento tramita em caráter sigiloso e encontra-se em fase de investigação.
Assassinato
Emanuelly foi encontrada morta numa banheira, embaixo de uma cama, dentro da residência de Marcos Willian, localizada na Rua Joaquim Manoel de Carvalho, na Vila Carvalho, em Campo Grande.
Quando os policiais chegaram à casa do suspeito, encontraram a residência vazia. O chão da cozinha estava sujo de barro e com marcas de chinelo. Com isso, eles entraram na casa e fizeram uma varredura.
Em um dos cômodos, os policiais ergueram uma cama e, embaixo, estava uma banheira de bebê contendo, em seu interior, um volume grande enrolado em uma coberta marrom, presa com fita adesiva. Ao abrirem parcialmente a coberta, Emanuelly foi encontrada morta.
Fonte: Midiamax