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Afogamentos de crianças crescem em Mato Grosso do Sul e acendem alerta às famílias

Mais de um quarto das vítimas registradas em 2025 são menores de 12 anos; país soma milhares de mortes infantis por afogamento todos os anos

Imagem: Redes Sociais

 

O número de afogamentos envolvendo crianças voltou a preocupar as autoridades de saúde e segurança em Mato Grosso do Sul. Segundo dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros e compilados por portais estaduais, o ano de 2025 já registra 48 mortes por afogamento no Estado, número superior ao total de 2021 e 2022.

O dado mais alarmante é o crescimento no índice de vítimas infantis: 13 das vítimas tinham menos de 12 anos, o que representa 27,1% do total de casos — um aumento de 197% em relação a 2024, quando crianças correspondiam a apenas 9,1% das ocorrências.

Em 2024, o Estado havia registrado 66 casos de afogamento, ligeiramente abaixo de 2023 (73 casos). No entanto, especialistas alertam que a redução geral não reflete a realidade mais perigosa para o público infantil, já que o número de acidentes domésticos e em piscinas aumentou.

Cenário nacional também é preocupante

O Brasil enfrenta uma realidade igualmente grave. Dados do Ministério da Saúde mostram que entre 2010 e 2023 foram registradas 71.663 mortes por afogamento no país.

Entre essas vítimas, 5.878 eram crianças de 1 a 4 anos, e 12.662 eram adolescentes entre 10 e 19 anos.

A Sociedade Brasileira de Pediatria aponta que, em média, três crianças ou adolescentes morrem afogados por dia no Brasil. A faixa etária mais atingida é justamente a de 1 a 4 anos, quando a criança ainda não sabe nadar e depende totalmente da supervisão de adultos.

Ambientes domésticos: perigo dentro de casa

De acordo com o Ministério da Saúde, grande parte dos afogamentos infantis ocorre em ambientes domésticos — piscinas, baldes, caixas d’água, tanques e até banheiras.

Em Mato Grosso do Sul, os Bombeiros destacam que o domingo é o dia com maior número de ocorrências, muitas vezes durante momentos de lazer em família, quando há menor vigilância.

Prevenção é a chave

Para evitar novas tragédias, especialistas reforçam medidas simples que podem salvar vidas:

  • Supervisão constante de crianças perto da água — mesmo por poucos segundos de distração.
  • Cercar piscinas e reservatórios com grades ou tampas de segurança.
  • Evitar baldes ou tanques cheios em locais acessíveis.
  • Ensinar noções de segurança aquática desde cedo e usar sempre coletes salva-vidas em rios e represas.

Atenção e cuidado podem fazer toda a diferença. O afogamento é rápido, silencioso e pode acontecer em poucos segundos.

Em casos de emergência, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado imediatamente pelo telefone 193.

 

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