Prefeitura informa que atraso ocorreu por falta de fornecimento de cascalho e manutenção de máquinas

A situação da Estrada da Mandioquinha, que liga diversas propriedades rurais da região, segue em condições precárias e tem gerado grande insatisfação entre os moradores. Segundo relatos, o trecho mais crítico chega a 60 km e, mesmo sem chuvas recentes, veículos pequenos têm atolado na areia. Quando chove, a situação se agrava ainda mais: o ônibus escolar não consegue trafegar e crianças precisam acordar às 3 horas da manhã para tentar chegar até a escola.
Em nota enviada ao Navega MS, a Prefeitura Municipal de Camapuã informa que, devido a dificuldades no fornecimento de cascalho e à necessidade de manutenção corretiva em uma das máquinas essenciais para a execução do serviço, não foi possível cumprir integralmente o prazo inicialmente estabelecido para a manutenção da estrada em questão. A Administração reforça que as equipes de infraestrutura estão mobilizadas para superar os entraves logísticos e operacionais, garantindo a retomada das atividades no menor tempo possível, com o cascalhamento sendo realizado prioritariamente nos pontos mais críticos da via, visando assegurar melhores condições de tráfego e segurança à população.
A Prefeitura reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na execução das obras, buscando sempre soluções eficazes para atender às demandas da comunidade.
Os produtores rurais relatam que estiveram reunidos com o prefeito Manoel Nery e sua equipe no dia 17 de junho, ocasião em que ficou definido que os serviços de cascalhamento e melhorias seriam realizados até o dia 10 de julho. No entanto, o prazo não foi cumprido e, até o momento, nenhuma intervenção foi feita na estrada.
De acordo com os moradores, a estrada possui mais de 100 km de extensão, mas os trechos mais críticos se concentram em aproximadamente 60 km. “A situação está complicada, já pensamos até em comprar cascalho por conta própria para tentar resolver parte do problema”, contou a produtora rural Leda Maria Marçal, destacando que muitos veículos não conseguem transitar. O produtor rural Eike Jonas também criticou a demora e classificou a situação como “caótica, principalmente para quem tem carro baixo”, acrescentando que uma das pontes do trecho também está em péssimas condições para transitar.

No ofício encaminhado à Prefeitura após a reunião, constava que o município disponibilizaria maquinários como pá carregadeira, motoniveladora, caminhões e até um rolo compactador recém-adquirido, enquanto os produtores se comprometeriam a fornecer apoio logístico e cascalho. Porém, até agora, nenhuma ação foi iniciada.
Diante do impasse, alguns moradores cogitam se reunir novamente para tentar resolver parte do problema por conta própria, adquirindo cascalho para amenizar as condições da estrada, enquanto outros não concordam porque acreditam que essa situação é dever do poder público.
O Navega MS também teve acesso a vídeos enviados por moradores que mostram carros atolados na areia e até mesmo um produtor tentando, por conta própria, amenizar um trecho da estrada considerado crítico.