Da barriga para a história: irmãos que confundem até a própria família revelam curiosidades, travessuras e a conexão única que atravessou três décadas

Eles são parecidos demais — a ponto de confundirem até familiares —, nasceram no susto, viraram atração nas ruas de Camapuã e continuam arrancando sorrisos até hoje. Pedro Lucas e Paulo Matheus Conegundes, os gêmeos mais famosos da cidade, completaram 30 anos nesta sexta-feira, 1º de agosto, e carregam uma história cheia de curiosidades, bom humor e, claro, muito amor de “mainha”.
A mãe, Bárbara Elisa, relembra com emoção o momento em que descobriu que não esperava apenas um bebê, mas dois. “Foi em Camboriú, numa excursão no início de 1995. Eu já sabia da gravidez, mas não que eram gêmeos. Logo no primeiro dia de praia, uma onda me pegou em cheio, tive sangramento e fui ao médico. No ultrassom, vi dois feijõezinhos pulando cada um de um lado… o médico disse: ‘eles estão bem’. Quase pirei! A felicidade não cabia dentro de mim”, conta ela.
Durante a infância, Pedro e Paulo chamavam atenção por onde passavam. “Eu saía com eles em dois carrinhos grudados, aquilo era uma novidade em Camapuã. Eles viraram atração”, relembra Bárbara. Mas engana-se quem pensa que a dupla tem personalidades idênticas: “Um é mais tímido, o outro mais falante. A única coisa que me confunde até hoje é a voz. Se me chamarem e eu não estiver vendo quem é, não sei quem é quem!”.
A relação entre eles também sempre foi marcada por contrastes e cumplicidade. “São tipo cão e gato”, brinca a mãe. “Brigam, implicam um com o outro, mas não se desgrudam. Eles se amam, mesmo que não admitam. E eu os amo mais do que minha própria vida.”
Na escola, os dois aprontaram como poucos. “Já trocamos de sala e ninguém percebia. Era ótimo! A gente fazia muita arte, nosso pai que o diga”, contam, rindo. “Na escola Cláudio José de Lima, não tinha lixeiro que ficasse em pé. Era cada travessura…”.
Sobre o presente, Pedro e Paulo garantem: continuam confundindo muita gente por aí. “Tem vezes que alguém me cumprimenta achando que sou o Pedro, e depois vê o outro vindo na rua e se assusta: ‘ué, mas não passou agora ali?’”, diz Paulo, se divertindo. “Somos bem diferentes por dentro, mas iguais por fora — e essa confusão já virou parte da nossa identidade.”
E se alguém ainda duvida que são figuras queridas em Camapuã, basta dar uma volta com eles pelas ruas da cidade. Difícil vai ser encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar nos irmãos Conegundes — os gêmeos que, há 30 anos, seguem deixando sua marca com carisma, histórias curiosas e uma dose generosa de bom humor.