No quadro Navega Saúde desta semana, o diretor clínico do Hospital de Camapuã, Dr. Fernando Ribeiro, fala sobre o HPV, infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, e reforça a importância da prevenção, diagnóstico e vacinação

No episódio desta semana do quadro Navega Saúde, o médico Fernando Ribeiro, diretor clínico do Hospital de Camapuã, acende o alerta sobre um tema de saúde pública que precisa de mais atenção: o HPV (Papilomavírus Humano). Trata-se da infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, que pode permanecer silenciosa por anos e, em alguns casos, evoluir para tipos graves de câncer. O médico reforça a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e, principalmente, da vacinação como forma eficaz de prevenção.
“Muitas pessoas não sabem que estão infectadas. O HPV pode demorar até 20 anos para manifestar sintomas. E quando aparecem, muitas vezes já há lesões ou alterações mais sérias”, destaca Dr. Fernando.
Mais de 200 tipos de HPV
Existem mais de 200 tipos diferentes do vírus, que afeta a pele e as mucosas. Alguns provocam verrugas genitais, enquanto outros estão diretamente associados a tumores malignos, como câncer do colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta. A maioria das infecções, felizmente, se resolve espontaneamente em até 24 meses, graças à resposta do próprio sistema imunológico.
Entretanto, em pessoas com imunidade baixa, como gestantes, pacientes imunossuprimidos ou que passaram por cirurgias ou quimioterapia, o HPV pode se manifestar com mais facilidade e agressividade.

Lesões clínicas e subclínicas: entenda a diferença
De acordo com o Dr. Fernando, as lesões clínicas são aquelas visíveis a olho nu – como as verrugas genitais, popularmente conhecidas como “crista de galo” ou “figueira”. Já as lesões subclínicas não apresentam sinais visíveis, mas podem ser igualmente perigosas.
“As lesões clínicas, geralmente causadas pelos subtipos 6 e 11 do HPV, não têm potencial cancerígeno. Já as subclínicas, provocadas muitas vezes pelos tipos 16 e 18, são silenciosas e têm alto risco de evoluir para câncer”, explica o médico.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do HPV depende do tipo de lesão. Lesões clínicas podem ser identificadas em exame visual, enquanto as subclínicas exigem exames laboratoriais e acompanhamento médico. Em mulheres, o Papanicolau ainda é uma ferramenta importante para detectar alterações no colo do útero.
Existe tratamento?
Sim. O tratamento tem como objetivo eliminar as lesões, mas não elimina o vírus do corpo. Mesmo com o tratamento, as verrugas podem desaparecer, permanecer ou até aumentar.
“É preciso avaliar caso a caso. O tratamento é individualizado, considerando a localização, a quantidade e o tipo de lesão. Por isso, é fundamental procurar atendimento médico”, reforça o Dr. Fernando.
Prevenção é a melhor proteção
A boa notícia é que o HPV pode ser prevenido, principalmente com vacinação e o uso de preservativos nas relações sexuais. A vacina está disponível gratuitamente pelo SUS para meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade, além de grupos prioritários.
“A vacina é segura, eficaz e salva vidas. É a principal forma de evitar as complicações graves do HPV. E vale lembrar: mesmo pessoas que já iniciaram a vida sexual podem se vacinar”, orienta o médico.
Fique atento e compartilhe essa informação!
A equipe do Navega Saúde, em parceria com o Dr. Fernando Ribeiro, segue comprometida com a missão de levar informação de qualidade à população de Camapuã e região. Falar sobre o HPV é quebrar tabus e proteger vidas.
📍 Para quem deseja mais orientações sobre o HPV e cuidados com a saúde, o Dr. Fernando Ribeiro atende na Clínica Saúde, localizada na Rua Cuiabá, 404, em Camapuã. A clínica oferece atendimento médico adulto e pediátrico, realiza diversos exames, aceita convênios e se destaca pelo serviço de atendimento domiciliar, garantindo mais conforto e comodidade aos pacientes. Para agendamentos ou mais informações, entre em contato pelo telefone ou WhatsApp (67) 98144-1708.