Felino foi visto há duas semanas nos fundos da casa de Jean Carla Oliveira, na região do córrego Garimpim. Já na última segunda-feira (7), uma onça-parda foi flagrada próxima à passarela, e o desaparecimento de gatos e aves pode ter relação com o mesmo animal
A confeiteira Jean Carla Oliveira, moradora da Rua Pedro Marcolino, em Camapuã, relatou ter visto há cerca de duas semanas um felino de médio porte — possivelmente uma onça-parda — deitado em cima do galinheiro nos fundos de sua casa. O imóvel fica próximo ao córrego Garimpim, e o avistamento coincidiu com o sumiço de cinco mutuns que costumavam habitar o quintal.
“Eu fui até o galinheiro e vi um felino grande, deitado em cima da casinha dos pintinhos. Ele estava descansando. Corri até em casa para pegar o celular, mas, quando voltei, ele já havia saído”, contou Jean.
O que chama atenção é que, logo após o ocorrido, cinco dos seis mutuns desapareceram do local.
“Eles sempre dormiam em uma árvore aqui do quintal. Agora só restou um. Não é comum os outros sumirem de uma vez assim. A gente jogava milho, eles viviam por aqui”, relatou.
Além disso, na última segunda-feira (7 de julho), uma onça-parda foi flagrada nas proximidades da passarela da cidade, e, no mesmo dia, voluntários perceberam o desaparecimento de 15 gatos de uma casa comunitária, também localizada na região do córrego Garimpim, cerca de 1 km da casa de Jean. A suspeita é de que possa se tratar do mesmo animal.
“Quando vi a notícia dos gatos desaparecidos, associei na hora. A região toda é cortada por mata, apesar de degradada. A onça pode ter se deslocado com facilidade”, disse a moradora.
O felino, segundo Jean, tinha porte médio e estava em plena luz do dia, por volta das 14h. “Era um animal maior que um gato comum. Forte, musculoso, chamou minha atenção na hora. Eu não consegui fotografar porque ele saiu enquanto eu fui buscar o celular.”
Ela conta ainda que algumas galinhas apareceram mortas nos dias seguintes, mas não é possível afirmar se os ataques foram feitos pela suposta onça ou por outros animais comuns na região, como cães e tatus. Por precaução, as aves da casa foram recolhidas e levadas para um galinheiro construído dentro de casa.
O caso segue como suspeita, mas chama atenção pela coincidência entre os relatos e os desaparecimentos recentes na cidade. A orientação é que, ao avistar um animal silvestre de médio ou grande porte, os moradores evitem se aproximar e entrem em contato com órgãos ambientais ou de proteção à fauna