Secretaria de Saúde realiza campanha com capacitação, orientações à população e ações nas escolas para conter avanço da doença
O município de Camapuã já registrou até a última terça-feira (6), 56 casos confirmados de dengue, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde. Embora não haja registros de casos graves ou hemorrágicos, o número acendeu um alerta nas autoridades, que vêm intensificando ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
De acordo com o secretário de Saúde, André Targino, diversas frentes estão sendo mobilizadas. Equipes das Unidades de Saúde da Família (ESFs) passam por capacitação e educação continuada, com foco no fluxograma de atendimento a pacientes com sintomas suspeitos de dengue. Além disso, estão sendo veiculadas orientações à população por meio da rádio local e boletins epidemiológicos, abordando sintomas, sinais de alarme e formas de evitar a proliferação do mosquito.
As reuniões do Programa Hiperdia, realizadas nas unidades de saúde, também abordam o tema das arboviroses durante este período endêmico.
“Nosso objetivo é preparar as equipes e conscientizar a população. A dengue é uma doença séria, mas que pode ser evitada com atitudes simples”, explicou o secretário.
Conscientização começa nas escolas
O combate à dengue também envolve as crianças e adolescentes, por meio do Programa Saúde na Escola.
“Trabalhamos o tema das arboviroses diretamente com os alunos, despertando neles a consciência de que todos têm responsabilidade no combate ao mosquito”, destacou André Targino.
A ideia é que os alunos se tornem multiplicadores da informação dentro de suas casas, colaborando para reduzir os focos do mosquito no município.
Médico do Hospital de Camapuã alerta para sinais e sintomas da doença
O médico Fernando Ribeiro, do Hospital de Camapuã, conversou com o Navega MS e ressaltou que o atual cenário climático favorece a disseminação da dengue:
“Tivemos um mês chuvoso, com calor contínuo. Não esfriou ainda, e isso cria o ambiente perfeito para a proliferação do mosquito. Água parada mais calor é o cenário ideal para o Aedes aegypti”, explicou.
Segundo ele, os primeiros sintomas da dengue clássica surgem de forma súbita:
“Febre alta (39º a 40º), dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações, vômitos, diarreia, perda de apetite, e até dor atrás dos olhos. O paciente sente cansaço extremo, mal-estar e precisa repousar constantemente”, detalhou.
Os sinais de alarme mais preocupantes são os sangramentos nas gengivas e nariz, que podem indicar queda nas plaquetas. A dengue geralmente atinge seu pico entre o terceiro e o quinto dia, podendo durar até dez dias.
“Se houver sinais como sangramento ou manchas vermelhas na pele (observadas por meio da prova do laço), é necessário procurar atendimento com urgência”, orientou o médico.
Como prevenir? Veja as orientações da Secretaria de Saúde
A prevenção começa em casa. A população deve estar atenta para eliminar criadouros e evitar picadas do mosquito. Veja as recomendações:
Eliminação de criadouros:
* Remover água acumulada em pneus, latas, vasos de plantas e garrafas;
* Manter calhas e ralos limpos e desobstruídos;
* Tampar caixas d’água e tonéis;
* Preencher pratos de plantas com areia ou escoar a água;
* Cobrir piscinas fora de uso;
* Descartar copinhos plásticos, tampas de garrafas e sacos que acumulam água;
* Acondicionar o lixo corretamente.
Proteção contra picadas:
* Instalar telas em janelas e portas;
* Usar repelentes, principalmente durante o dia.
Fique atento aos sintomas e sinais de alarme!
A dengue pode evoluir de forma silenciosa e perigosa. Em caso de febre alta, dores no corpo, náuseas ou sangramentos, procure imediatamente uma unidade de saúde.
O Navega MS seguirá acompanhando de perto a situação da dengue em Camapuã e continuará trazendo informações atualizadas para manter a população informada e protegida.