Pular para o conteúdo

Navega MS

  • por Navega MS
Início » Blog » Reunião emergencial expõe falhas na proteção às mulheres em Campo Grande

Reunião emergencial expõe falhas na proteção às mulheres em Campo Grande

Caso Vanessa Ricarte mobiliza equipe do Governo Federal e escancara a urgência de ações concretas contra a violência de gênero

Imagem/ Arquivo Pessoal Instagram

 

Por Kelly Ventorim

A brutalidade do feminicídio de Vanessa Ricarte não apenas arrancou a vida de uma jornalista respeitada, mas também escancarou as falhas da rede de proteção às mulheres em Campo Grande. Antes de ser assassinada pelo ex-noivo, Vanessa buscou ajuda. Procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), conseguiu uma medida protetiva, mas, em um áudio enviado a amigas, desabafou sobre a frieza do atendimento e a falta de suporte efetivo. Poucas horas depois, ela se tornou mais um número na estatística do feminicídio.

Diante da indignação popular e da gravidade do caso, uma equipe do Ministério das Mulheres desembarcou na cidade e promoveu uma reunião emergencial na Casa da Mulher Brasileira neste domingo (16). Com a presença de representantes do Judiciário, da Deam e de gestores da rede de apoio, o encontro teve um objetivo claro: entender onde o sistema falhou e garantir que essa tragédia não se repita. “O atendimento precisa ser aperfeiçoado urgentemente. Vanessa buscou ajuda, mas a ajuda não chegou a tempo”, afirmou Graziele Carra Dias, ouvidora do Ministério.

A mobilização continua. Na próxima terça-feira (18), a ministra Cida Gonçalves desembarca em Campo Grande para reuniões estratégicas com o governador Eduardo Riedel, a prefeita Adriane Lopes e representantes do Tribunal de Justiça. A expectativa é que esse encontro resulte em medidas concretas para fortalecer a proteção das mulheres e impedir que novos feminicídios aconteçam por omissão do Estado.

O clamor popular ecoa nas ruas. Familiares de vítimas e ativistas realizaram protestos no centro da cidade, exigindo mudanças reais, não apenas discursos. A OAB/MS acompanha de perto o caso e cobra providências imediatas. A morte de Vanessa não pode ser apenas mais um caso trágico nos arquivos policiais. O sistema falhou, e agora precisa responder: quantas Vanessas mais precisarão morrer até que as mulheres sejam, de fato, protegidas?

Marcações:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *