A Escola Altamira: A história de superação e dedicação de gerações, relembrada pela professora Elza, que marcou a vida de muitos estudantes na região do Bolicho Seco
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No coração da região do Bolicho Seco, em Camapuã, está a Escola Altamira, uma pequena instituição que, apesar de fechada há anos, continua viva na memória de quem passou por suas salas de aula. Uma de suas peculiaridades era o fato de muitos alunos chegarem a cavalo para estudar, amarrando os animais sob as árvores antes de entrarem na escola. A professora Elza Lima, que iniciou sua trajetória como educadora na Altamira em 1986, aos 16 anos, é uma das maiores guardiãs dessas lembranças. “Comecei como monitora da professora Tânia Cristina Gonçalves e, em 1991, após passar no concurso, assumi como professora regente. Era uma escola pequena, mas com muito significado. Lecionei para quatro turmas ao mesmo tempo, do primeiro ao quarto ano”, relembra.
O que torna a história da Altamira ainda mais curiosa é a rotina dos alunos, que percorriam longas distâncias montados a cavalo para garantir o direito de aprender. Com aulas ao meio-dia, era preciso planejar bem o tempo para voltar antes do anoitecer. Esse esforço conjunto entre famílias e escola fez da Altamira um verdadeiro símbolo da dedicação à educação em tempos de adversidade.
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Com o passar dos anos, o número de estudantes diminuiu, e as portas da escola foram fechadas. Hoje, o prédio abandonado está cercado pelo mato e pelo silêncio, mas as histórias vividas ali permanecem vívidas na memória da comunidade e, especialmente, na de Elza. “A escola pode estar abandonada, mas a história dela vive em cada pessoa que passou por aqui. Foi aqui que comecei minha jornada, e esses momentos ficarão para sempre comigo”, diz emocionada.
A Prefeitura de Camapuã confirmou que o prédio da antiga Escola Altamira é de propriedade municipal. Anteriormente, o espaço foi cedido à Associação ProMandioca e, atualmente, continua sob a mesma cessão para a referida associação. O Navega MS tentou entrar em contato com a associação responsável, mas até a publicação desta matéria não teve retorno.
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A Altamira não está sozinha nesse cenário. Outras instituições de Camapuã, como a Escola Estadual Abadia Faustino Inácio, também encerraram suas atividades. A Escola Abadia fechou suas portas em 2019, devido à diminuição do número de alunos e à reorganização da rede estadual de ensino. Mesmo assim, o impacto da Altamira continua vivo, sendo lembrado como um marco da perseverança em tempos de poucos recursos.
A história da escola reflete a importância das instituições rurais em um período em que a educação dependia de esforço e união. Hoje, mesmo com o abandono físico, a lembrança de quem estudou e ensinou ali mantém viva a essência da Altamira como um símbolo de superação e aprendizado para toda a região do Bolicho Seco.
Eu fui umas das alunos por quatro anos eu amava ir estudar apesar de ter que ir a pé 6 km para ir 6 km para voltar comecei quando era a professora Luiza Guasele e a Lúcia Guasele e depois também foi a professora Maria Rosa Calvis Jorge Lara era muito bom a merendeira que foi muito amada dona Rosa tenho saudades daqueles tempos apesar de hoje ter contado com poucos amigos que estudamos juntos tenho fotos da primeira turma