Depois de um longo tratamento e o apoio de familiares e amigos, Andreia celebra sua vitória e reforça a importância da prevenção
Nesta quinta-feira (30), um som carregado de emoção ecoou em Campo Grande: o sino da cura. O gesto simbólico marcou o fim de uma batalha intensa e a vitória de Andreia Ferreira, uma camapuanense de 40 anos, contra o câncer de mama. Cercada por amigos e familiares, ela celebrou a nova chance de viver após meses de tratamento e superação.
A descoberta do câncer veio de forma inesperada, durante um exame de rotina. “A enfermeira fez o autoexame e percebeu um carocinho. Perguntou se eu não tinha notado, e eu disse que não”, relembra Andréia. Nos primeiros exames, nada foi identificado, mas no terceiro ano, uma alteração na mamografia levou à biópsia que confirmou a doença. O diagnóstico foi um choque, mas também o início de uma batalha.
Inicialmente, Andreia passou por uma cirurgia para retirar parte da mama. No entanto, sete dias depois, veio a notícia de que o câncer estava mais avançado do que o esperado. “Foi difícil ouvir que teria que tirar toda a mama. Mas eu sabia que precisava lutar”, conta. Após a segunda cirurgia, os exames mostraram que não havia mais sinais da doença, mas o tratamento ainda estava longe do fim.
Foram 12 sessões de quimioterapia branca, quatro da quimioterapia vermelha e 15 sessões de radioterapia. O processo foi desafiador, mas a fé e o apoio das pessoas ao seu redor fizeram toda a diferença. “Deus me sustentou em todo esse tempo. Colocou pessoas muito importantes no meu caminho, que me ajudaram a superar tudo isso. Amigos, familiares, irmãos de igreja e até pessoas que eu nem conhecia me deram forças, rezaram por mim e me ajudaram financeiramente”, emociona-se.
O sino da cura, para muitos pacientes, representa mais do que o fim do tratamento. É um símbolo de resistência, fé e recomeço. “Foi muito emocionante ver todos lá comigo, comemorando, chorando e batendo o sino junto comigo. A sensação de vitória foi indescritível”, conta Andréia.
Agora curada, ela faz questão de deixar um alerta importante para todas as mulheres: a prevenção salva vidas. “O exame é fundamental. Se eu não tivesse feito, talvez tivesse descoberto tarde demais. O diagnóstico precoce faz toda a diferença”, reforça. Além disso, ela destaca a importância de manter a mente forte durante o tratamento. “Os médicos sempre falam que a cabeça da gente tem um papel essencial na cura. É preciso querer vencer, aceitar o tratamento e seguir em frente.”
O relato de Andreia é um testemunho de esperança para tantas outras mulheres que enfrentam a mesma luta. Hoje, ela olha para o futuro com gratidão e sonhos renovados. “Passei por tudo isso e só tenho a agradecer. Agora, quero viver intensamente cada dia que Deus me der”, finaliza.