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122 cavalos já morreram após consumo de ração; Ministério determina recolhimento em todo o Brasil

Mortes foram registradas em quatro estados e produtos da empresa Nutrata estão sendo investigados. Levantamento aponta que número de animais mortos pode chegar a 600

Imagem/G1

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou o recolhimento e proibição imediata da venda, distribuição e consumo de todos os produtos destinados a equídeos fabricados pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda., com data de fabricação a partir de 21 de novembro de 2024, conforme ofício-circular do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa)  .

A medida atendeu a um primeiro levantamento que confirmava 122 mortes de cavalos em São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Minas Gerais — número que pode subir para até 600 óbitos, conforme dados preliminares  .

Segundo o Mapa, a decisão foi tomada após “indícios da presença de contaminantes na ração consumida pelos cavalos que morreram”, além da constatação de falhas no processo de fabricação, como a falta de separação adequada nos silos do estabelecimento  .

A medida cautelar entrou em vigor em 17 de junho de 2025 segundo publicações oficiais  . O Mapa ressalta que todos os produtos da Nutratta destinados a equídeos devem ser imediatamente recolhidos de circulação em todo o território nacional  .

O Mapa orienta criadores, haras e estabelecimentos a suspenderem o uso e venda dos lotes afetados e relata que técnicos do ministério e laboratórios estão analisando os produtos para identificar a substância tóxica responsável pelas mortes  .

O caso continua sendo investigado e o órgão pede que qualquer novo caso suspeito de intoxicação ou morte de equídeo seja comunicado imediatamente aos entes fiscais estaduais e federais.

O que diz a Nutratta

Abaixo, leia a íntegra da nota da Nutratta:

“A Nutratta lamenta profundamente os relatos de intoxicação e óbitos de animais associados ao Produto Foragge Horse, da linha de nutrição animal equina, e reforça que está colaborando integralmente com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para elucidar os fatos, inclusive recebendo os técnicos do MAPA em sua planta, fornecendo todos os documentos e informações técnicas solicitadas.

Embora as investigações do Ministério da Agricultura e Pecuária ainda estejam em curso, foi divulgada nota técnica no sentido de que as análises laboratoriais preliminares indicaram a presença da substância monocrotalina, que é produzida pela própria natureza, por plantas do gênero Crotalaria – uma leguminosa que é muito utilizada em adubação verde -, e que pode estar presente em matérias-primas de origem vegetal utilizadas em diferentes cadeias agroindustriais, tratando-se, pois, de uma fatalidade, caso isso venha a ser confirmado.

Assim, diante da situação excepcional, a Nutratta já adotou medidas adicionais de autocontrole. Entre essas ações estão o reforço das análises laboratoriais, revisão dos protocolos de qualificação de fornecedores e rastreabilidade das matérias-primas vegetais, revisão completa dos processos sanitários internos e reestruturação do layout fabril.

Por fim, a Nutratta destaca que vem adotando todas as providências cabíveis para mitigar os efeitos da situação, incluindo suporte técnico aos clientes, rastreamento dos lotes envolvidos e revisão de seus processos internos. Ressalta-se que não há, até o momento, conclusão definitiva quanto a eventual nexo de causalidade entre os casos relatados e os produtos da empresa, e que a empresa conseguiu uma liminar na Justiça Federal para restabelecer seu funcionamento quanto à atividade de produção e comércio dos produtos não destinados a equinos.

A Nutratta permanece à disposição das autoridades e da sociedade para prestar os esclarecimentos técnicos necessários, mantendo seu compromisso com a qualidade, a segurança alimentar e o bem-estar animal, valores que sempre nortearam sua atuação.”

 

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