Ela começou aos 17 anos e hoje é uma das vozes mais queridas do rádio local. Valquiria Costa segue encantando gerações com carisma, música e presença no ar

“De certa forma, a gente se sente da família dos ouvintes.” A frase de Valquiria Costa resume com perfeição o que ela representa para Camapuã. Uma voz firme, doce, presente. Uma companhia fiel, como ela mesma diz, que entra nas casas, nas fazendas, nos comércios e nos corações — todos os dias, sem falhar.
Radialista há 13 anos, Valquiria é filha da terra. Nascida em Camapuã, passou a infância na zona rural e, aos 17 anos, veio para a cidade em busca de trabalho. O primeiro emprego foi em um salão de beleza. Mas foi por meio da amizade com o também locutor Gilmar de Oliveira que ela se aproximou do rádio. “Eu já visitava a rádio, e como sempre gostei muito de música, me interessei. Um tempo depois, comecei a trabalhar lá e estou até hoje.” Sorri, como quem ainda se surpreende com o próprio caminho.
O primeiro programa ela jamais esquece: Roda de Viola. “Imagina a responsabilidade, né? Fiquei muito nervosa, mas tirei de letra.” O nervosismo deu lugar ao talento natural. O patrão entrou no estúdio e, surpreso com o desempenho, elogiou: “Parece que você já faz isso há anos!”
De lá pra cá, foram incontáveis manhãs, tardes e finais de semana no ar. “Hoje é mais tranquilo, porque a gente já conhece o ritmo, já se prepara com mais calma. Testa o microfone, o som, aquece a voz. Mas a emoção nunca muda.” Valquíria aprendeu que o rádio exige preparo — mas também exige coração.
E coração é o que não falta. “Já aconteceu de uma garotinha mandar mensagem dizendo que queria me conhecer. Convidei ela pra ir até o estúdio e, quando chegou, ficou toda feliz, tirou foto comigo. Foi tão especial…” Ela faz uma pausa:
“É nesses momentos que a gente sente que está no caminho certo.”
A conexão com o público rural é algo que Valquiria viveu na pele — e valoriza profundamente. “Eu já morei na fazenda, então sei como é importante ter o rádio ali. Enquanto a mulher lava roupa, cuida da casa, ou o peão tá no curral… o rádio é a companhia. É música, é informação, é um amigo.”
Mas o rádio também tem seus momentos difíceis. “Dar uma nota de falecimento nunca é fácil. A gente sente, porque nosso papel é levar alegria. Mas sabemos que é preciso. E que as pessoas contam com a gente.”
Para ela, o papel do radialista é claro: “Às vezes a pessoa tá cansada, desanimada… e liga o radinho. E lá estamos nós, levando alegria, música boa, informação. A gente contribui com a comunidade sendo essa presença.”
Sobre o futuro do rádio, Valquiria é realista, mas otimista: “Hoje tem Spotify, tem YouTube, mas o rádio ainda está muito presente. Nas fazendas, nos comércios… às vezes você entra em uma loja e tá lá, nossa emissora tocando. Dá uma alegria!”
Com humildade e carinho, ela se dirige a quem a acompanha todos os dias:
“Quero agradecer aos nossos ouvintes, porque é graças a eles que conseguimos fazer uma programação legal. Nossa emissora está sempre de portas abertas! E quem ainda não sintonizou, convido pra ouvir a 87,9 Cidade FM — também tem o site e o app!”
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